Uma cena da novela das 21h da TV Globo, “Vale Tudo”, chamou a atenção no capítulo da última terça-feira, 15. A personagem Solange Duprat, vivida por Alice Wegmann, que convive com diabetes, recusa um doce em uma festa, dizendo que tem diabetes. Assim que foi ao ar, muitos internautas começaram a reagir nas redes sociais, dividindo opiniões sobre o tema. Mas fica a pergunta: quem tem diabetes, pode comer doce? Sim! Claro que tudo depende da quantidade. Mas proibido não é!
Mito sobre a relação do doce e diabetes
O diagnóstico quase sempre é relacionado ao consumo de açúcar e doces. Mas não é bem assim. Não é necessário eliminar o açúcar por completo. A moderação é a palavra-chave, e adoçantes alternativos podem ser uma opção para satisfazer o desejo por doces. Especialistas como a endocrinologista Monica Gabbay e a nutricionista e educadora em diabetes, Tarcila Campos afirmam isso. Confira este episódio do videocast “Juntos por Vc”, veiculado pelo “Um Diabético”.
Elas ressaltam que, mais importante do que eliminar o doce, é entender e controlar a quantidade de carboidratos na dieta. Isso porque eles afetam os níveis de glicose, e a moderação é crucial para manter o equilíbrio entre a glicose e o desejo de comer um docinho!
Comer doce: mitos, liberdade e representações na TV
Na novela “Vale Tudo”, a personagem Solange Duprat protagoniza uma cena marcante ao recusar um doce alegando ter diabetes. A atitude, embora compreensível, reflete uma visão ainda muito presente sobre a relação entre doces e a condição. Especialistas afirmam que pessoas com diabetes tipo 1 podem, sim, comer doces, desde que façam isso com responsabilidade e dentro de um plano alimentar equilibrado.
O mais importante é entender o impacto dos alimentos na glicemia e usar as estratégias adequadas, como contagem de carboidratos, monitoramento da glicose e uso correto da insulina.
O doce como salva-vida
Muitas pessoas ainda acreditam que ter diabetes significa eliminar completamente o açúcar da alimentação. Esse tipo de informação gera julgamentos e constrangimentos desnecessários. Uma pessoa com diabetes tipo 1, por exemplo, pode consumir um doce tanto por vontade própria quanto para tratar uma hipoglicemia, que é quando a glicose cai demais no sangue.
Nessas horas, um doce não é um capricho: é um recurso terapêutico. O mais importante é que a pessoa conheça seu corpo, monitore a glicemia com frequência e conte com apoio nutricional para fazer escolhas que se encaixem na sua rotina e no tratamento. O foco atual não está em proibir, mas sim em planejar, equilibrar e incluir todos os tipos de alimentos de forma consciente.
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