A distribuição da insulina Glargina seguirá um planejamento estadual. O Ministério da Saúde esclareceu que os estados têm autonomia para cadastrar novos beneficiários e manter o fornecimento para quem já usa o medicamento. A confirmação veio por meio de uma nota oficial da Saúde enviada ao portal “Um Diabético”. Segundo o Ministério, a distribuição deve seguir os critérios do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT).
Além disso, os pacientes precisam apresentar toda a documentação exigida pela Portaria de Consolidação GM/MS nº 2, de 28 de setembro de 2017. Com essa decisão, o governo federal reforça o compromisso de garantir insumos essenciais para o tratamento do diabetes tipo 1. Assim, cada estado pode organizar a distribuição conforme a necessidade local.
Estados definem a logística de distribuição
Com a autonomia confirmada, os estados agora podem definir a melhor forma de distribuir a insulina Glargina. No Rio Grande do Norte, por exemplo, o cadastro dos pacientes já começou. O processo acontece nas unidades da UNICAT (Unidade Central de Agentes Terapêuticos) e precisa ser feito presencialmente.
Para se cadastrar, o paciente deve apresentar documentos como prescrição médica e laudos que comprovem a necessidade da insulina. Depois da solicitação, a liberação do medicamento depende da demanda local. Em Natal, o prazo é de até 10 dias. Já nas unidades regionais, o tempo pode chegar a 15 dias. Para continuar recebendo a insulina, o paciente deve renovar o pedido a cada 180 dias. Nessa renovação, basta entregar um laudo atualizado e uma nova receita médica.
Distribuição da insulina segue planejamento nacional
A insulina Glargina faz parte do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF). Por isso, sua distribuição ocorre dentro de um planejamento nacional. Inicialmente, o Ministério da Saúde enviará quantidades menores para os estados. Dessa forma, o fornecimento vai atender os pacientes já cadastrados. A inclusão de novos beneficiários varia de acordo com a norma dos estados.
No entanto, os repasses devem aumentar gradualmente. À medida que mais pessoas se cadastrem, a distribuição será ajustada para atender toda a demanda. Assim, a ampliação do acesso acontecerá de forma organizada, dentro das regras do protocolo clínico.
Como funciona a insulina glargina?
A insulina Glargina é um tipo de insulina basal, ou seja, sua ação é mais lenta e prolongada, garantindo um controle mais estável da glicose ao longo do dia. Diferente das insulinas de ação rápida, que atuam imediatamente após a aplicação para cobrir refeições, a Glargina age de forma gradual, ajudando a manter os níveis de glicose equilibrados entre as refeições e durante a noite.
Muitos pacientes relatam uma melhora significativa na qualidade de vida ao usar esse tipo de insulina, já que ela reduz oscilações glicêmicas e diminui o risco de hipoglicemias noturnas.